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A ascensão e a história da Sadia: uma revolução no mercado brasileiro 

Conheça a história da Sadia, de suas origens em Concórdia às inovações no setor alimentício, passando por brigas, aviões e grandes revoluções.

Perus temperados, linguiças e um mascote icônico… A primeira marca que lhe vem a cabeça, é uma das grandes revolucionárias do cenário alimentício do Brasil. Mas você sabe a história da Sadia? 

De aviões a brigas familiares, hoje lhe trago um post completo com todas as reviravoltas, e principais marcos, da tão querida empresa brasileira. 

Attilio Fontana: o protagonista da história da Sadia 

Attilio Fontana nasceu no ano de 1900, na pequena colônia de Arroio Grande, onde hoje se localiza Santa Maria. Sua infância fora simples, rodeada pelo campo e pelos afazeres agrícolas que a época reservava. 

Filho de pais italianos, começou a trabalhar cedo, aos 13 anos, na lavoura do pai. Lá, Attilio colhia alfafa, um produto que crescia a cada ano no país. Mas foi vendendo bolachas, em uma quermesse local, que Fontana tomou paixão pela vida de comércio: suas vendas eram um sucesso entre a comunidade local, e aumentavam a cada ano.  

Mudou-se para Santa Catarina, onde conheceu sua esposa e virou sócio de uma vendedora de alfafa, sempre se destacando maravilhosamente na profissão. Foi lá que, paralelamente, passou a vender porcos – o que mudaria sua vida para sempre.  

Concórdia, a cidade onde a história da Sadia começa 

Apesar dos negócios com alfafa estarem dando certo, Attilio queria mais. No Brasil, duas vertentes cresciam com força, em meados da década de 40: os banqueiros e a indústria. E, na decisão que viria a ser o ponta pé da Sadia, Fontana decidiu investir na segunda. 

De antemão, Attilio passou a investir na pequena cidade de Concórdia, ao comprar uma pequena empresa, a S.A Indústria e Comércio Concórdia. Foi daí que veio o nome ‘Sadia’: a junção de S.A com o final de Concórdia. 

Primeiramente, a Sadia era apenas um frigorífico, onde abatiam porcos e revendiam a carne. Apesar de ser um negócio lucrativo e estável, o tempo era primordial, e cada porco demorava cerca de três anos e meio para ser abatido. Foi com ajuda do sobrinho de Fontana, Victor, que com investimentos e uma pesquisa sobre porcas parteiras, passaram a alimentar os suínos com uma certa frequência estratégica. Isso resultou no aceleramento do abate, aumentando a produção drasticamente.  

Victor também auxiliou no processo de higiene e conservação da carne, mantendo a Sadia em condições estáveis, e diminuindo as taxas de perda de mercadoria.  

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A expansão da Sadia e o avião de transporte 

Visando expandir o campo comercial da Sadia, Attilio e seu filho passaram a levar os produtos para os dois maiores polos comerciais Brasil: São Paulo e Rio de Janeiro. 

 O problema se deu quando, mesmo com os caminhões, o tempo de viagem acabava por interferir na entrega final, onde a mercadoria chegava quase ao fim do prazo de validade. 

Foi nisso que uma ideia genial, que moldaria a forma de comércio brasileira, veio a tona: Attilio passou a alugar um avião todo fim de semana, para transportar as carnes até o Sudeste. Nomeado de ‘Sadia Transportes Aéreos’, o investimento dera tão certo que a empresa teve de comprar o avião para ter viagens mais frequentes. 

Futuramente, o ramo empresarial seria a famosa ‘Transbrasil’, que atuou com maestria até o ano de 2001, marcando a história do comércio aéreo brasileiro.  

No ano seguinte a compra do avião, a Sadia inaugurou sua primeira unidade fora de Concórdia, o moinho em São Paulo. Tal decisão firmou a empresa, que, a partir daí, passou a crescer ainda mais.  

A história da Sadia pelo mundo 

Com diversos frigoríficos espalhados pela região e com algumas unidades pelo sudeste, no ano de 1971, a marca entra para bolsa de valores. Tal marco colocou-a em expansão internacional, mostrando sua força e importância no mercado brasileiro.  

Em 1974, o maior sucesso da marca fora criado: o peru temperado. Tão famoso que se tornou um marco importante entre as famílias e tradições brasileiras, destacando-se por seu sabor e praticidade. Além disso, no ano seguinte, a Sadia passou a exportar para o Oriente Médio, se tornando conhecida e consumida ao redor do mundo.  

Desavenças familiares: a briga entre herdeiros 

Com o falecimento de Attilio na década de oitenta, a marca se dividiu entre os herdeiros de sua dinastia. Foi aí que, divididos entre a família Furlan e Fontana, a Sadia teve uma de suas maiores quedas. 

Ambos os lados não conseguiam entrar em um acordo. Enquanto parte da família queria a expansão e modernização da tão querida marca, a outra buscava a preservação e mantimento dos costumes tradicionais. A princípio, a tensão entre os dois grupos quase levou a Sadia a falir por completo, levando futuramente a sua junção e acordo com a Perdigão – sua maior rival.  

A criação da Brasil Foods: um novo começo para a história da Sadia 

Mesmo que alguns discordassem, era claro que a gerência econômica da empresa apresentava problemas bilionários, que pareciam não ter resolução prevista. Por isso, no ano de 2008, a Sadia declarou falência, com um rombo gritante em seu capital. 

Em suma, para não perder todos os anos de investimento e história da marca, foi necessário tomar uma decisão difícil, de seriedade quase contraditória: a Sadia se juntaria a Perdigão, para salvar seu legado e continuar suas atividades. 

A partir disso, a BRF foi criada, trazendo grande sucesso para ambos os lados. Como resultado da parceria, é possível dizer que fora um sucesso: a Sadia segue sendo amada pelos brasileiros, e ainda tem grande importância no mercado. 

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