O ato criativo: resumo comentado por Adriano Klumpp

Já leu ou quer ler “O ato criativo”, de Rick Rubin? Conheça a obra deste grande produtor artístico pelo olhar de um profissional de marketing.

O ato criativo é um livro lançado em meados de 2023 por Rick Rubin, também conhecido por ser um aclamado produtor musical, mas que alcançou sucesso de público até mesmo fora da cena da música.

Nessa obra, Rick reflete sobre o que é criatividade sob uma perspectiva transcendental. Para isso, a encara como um elemento natural do qual os seres humanos podem se apropriar.

Nesse sentido, o autor discorre sobre aceitação, contato com o interior, exterior e a natureza como uma maneira de fomentar a criatividade.

Assim, achei muito interessante seu modo de interpretar a criatividade, muito além dessa “soft skill” desejada pelo mundo corporativo, especialmente em espaços como o da propaganda.

Conheça Rick Rubin, autor de O ato criativo

Se esse nome lhe soa desconhecido, talvez seja porque esse grande cérebro estava trabalhando nos bastidores de titãs da música.

Por isso, se na sua playlist tem álbuns de nomes como Red Hot Chilli Peppers, Johnny Cash, Metallica ou Jay-Z, saiba que você está consumindo ideias desenvolvidas com ajuda de Rick.

Além disso, o produtor também é cofundador da Def Jam Recordings, sendo um dos responsáveis por revolucionar a indústria fonográfica desde os anos 1980. Até aqui já deu para perceber a importância desse nome para a cena musical.

Mas o modo autêntico, por vezes minimalista e sempre focado na construção do processo criativo de Rubin, continua influenciando muitas outras áreas.

Prova disso, é este artigo em um website sobre marketing e vendas se inspirando no pensamento criativo de Rick Rubin para produzir campanhas inovadoras, não é mesmo?

Criatividade não é um talento?

Um fato curioso e exposto em um artigo recente da revista SUPERINTERESSANTE é que nossa concepção do poder de criação do ser humano é relativamente recente.

Isso porque, em períodos como a antiguidade greco-romana, por exemplo, o pensamento comum é que os seres humanos não eram dotados da capacidade de criar, mas sim de representar.

Ou seja, para os antigos gregos, as obras de arte eram formas de representação da natureza. Aliás, aposto que você já ouviu falar no termo “musa inspiradora”, né?

O fato é que: esses caras pediam inspiração a uma classe de deusas – as musas – e acreditavam que, na verdade, essas divindades se manifestavam por meio deles. Nesse sentido, o papel de criação não era humano, mas divino!

Quando passamos a pensar que o ato criativo é humano?

Essa mudança de pensamento só veio a aparecer na humanidade lá pelo renascimento, caracterizado pelo antropocentrismo, ou seja, pela valorização do homem.

Assim, a linha de pensamento foi ganhando cada vez mais força com o iluminismo e outros movimentos políticos, artísticos e sociais. Afastando-se da ideia de criação divina e acreditando que o homem também é dotado da capacidade de trazer vida a partir de si.

Haja vista que em períodos como o cubismo e o modernismo, as obras de arte passaram a adquirir mais abstração e se distanciar de uma representação fiel da realidade.

O ato criativo é um estado de ser

Mas, o que isso tem a ver com o pensamento e Rick Rubin? Interessantemente, o autor tem uma crença que mistura tanto o pensamento dos greco-romanos, quanto o iluminista.

Para Rubin, a criatividade é um fluxo natural do universo e os artistas, escritores, músicos ou inventores são apenas canais que captam e materializam esse fluxo.

Mas, longe de acreditar que esse é um talento reservado à elite do meio artístico, na verdade, o autor afirma que todas as pessoas têm potencial criativo.

Nesse sentido, de acordo com o produtor, qualquer pessoa pode absorver as ideias disponibilizadas pelo universo e trazê-las à vida em situações cotidianas.

Isso porque, para Rick Rubin, a criatividade está em pequenas decisões do dia a dia, como escolha de palavras ao conversar, soluções para problemas ou até a maneira como organizamos nosso espaço.

Sugestões para fomentar a criatividade segundo O ato criativo

E já que Rick Rubin pensa na criatividade como um fluxo universal, ele também deixa algumas dicas de como ele faz para absorver esse fluxo e transformá-lo em obras de sucesso, que são:

Mindfullness

Também chamado de atenção plena, consiste na prática de estar 100% focado no presente e naquilo que estamos fazendo.

Quer exemplos simples? Quantas vezes comemos assistindo televisão, conversamos com pessoas mexendo no celular ou permanecemos em um lugar e nos deixamos levar por preocupações externas?

De acordo com o autor, o fato de estarmos sempre entretidos ou com os pensamentos ocupados, deixamos passar detalhes e sutilezas do ambiente ao nosso redor.

Experimentação sem julgamento

Segundo Rubin, um dos maiores assassinos da criatividade é o medo do erro e da imperfeição. Para o autor, a preocupação com o resultado final costuma comprometer a fluidez do processo criativo.

Por isso, nos seus próximos projetos, busque deixar as ideias aparecerem e pense nos ajustes finos depois!

Ritualização do processo

Outro hábito que pode ser útil para cultivar uma vida criativa, segundo o autor, é estabelecer ambientes férteis para a criação.

O que pode variar de pessoa para pessoa, mas Rubin sugere espaços silenciosos, com música e até rotinas diárias que contribuam para o processo de criar e, isso só você pode descobrir.

Abertura ao inesperado

Muitas vezes, a melhor arte surge do acaso ou da aceitação de erros e falhas como parte do processo criativo. Por isso, não se apegue demais aos métodos ou ao resultado final.

Autoconhecimento e intuição

Suas emoções e pensamentos são únicos e só pertencem a você; use isso para criar algo original! Para Rubin, esse contato consigo mesmo permite criações mais autênticas e com significado.

Me acompanhe para mais insights sobre criatividade

Por fim, se você gostou das dicas de Rick Rubin, venha comigo fomentar processos criativos no seu dia a dia!

Aqui e nas minhas redes sociais, você encontra mais informações úteis sobre gestões inovadoras. Estou no Instagram, LinkedIn e sou host do Beatz Podcast.

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